quinta-feira, 15 de julho de 2010

MAIS DE DE UM MILHÃO E MEIO DE PESSOAS VIVEM NA POBREZA EXTREMA NO MARANHÃO

Mais de um 1 milhão e meio de pessoas vivem na pobreza extrema no MA

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14 de julho de 2010 às 10:02

ESTUDO DO IPEA CONSTATA

São maranhenses que têm rendimento médio domiciliar mensal, per capita, de até um quarto do salário mínimo

POR OSWALDO VIVIANI

Divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo "Dimensão, evolução e projeção da pobreza por região e por estado no Brasil" mostra o Maranhão como uma das unidades da federação que segue apresentando os piores índices sociais do país. De acordo com a pesquisa, 27,2% da população maranhense (mais de 1,6 milhão dos 6,1 milhões de habitantes) vivem na pobreza extrema - ou seja, têm rendimento médio domiciliar mensal, per capita, de até um quarto do salário mínimo.

Entre os 25 estados brasileiros (incluindo o Distrito Federal), o Maranhão só ganha de Alagoas, onde 32,3% da população (cerca de 960 mil pessoas) vivem na pobreza extrema, segundo o Ipea.

Nos nove estados nordestinos, o Ipea constatou que mais de 12,8 milhões de pessoas estão no nível de pobreza extrema.O percentual nacional nessa faixa social é de 10,5% (mais de 18,4 milhões de pessoas).

Pobreza absoluta - Na faixa de pobreza absoluta - rendimento médio domiciliar mensal, per capita, de até meio salário mínimo -, o Maranhão também apresenta números sofríveis. Conforme o Ipea, 55,9% dos maranhenses (mais de 3,4 milhões de pessoas) estão nessa condição.

Alagoas é novamente, nessa faixa, o único estado brasileiro que supera, negativamente, o Maranhão: tem 56,6% de sua população (perto de 1,7 milhão de pessoas) vivendo na pobreza absoluta. Mais de 25,7 milhões de nordestinos (49,7% da população da região, que é de 51,5 milhões de habitantes) estão na faixa de pobreza absoluta, segundo o Ipea. Um total de 53,3 milhões de brasileiros (28,8% da população) fazem parte desse segmento.

O estudo do Ipea trata da evolução da taxa de pobreza por região e estados da federação no período da estabilidade monetária (1995-2008).

Em 1995, o Maranhão era o estado com maior percentual de população vivendo na pobreza extrema (53,1%), seguido por Piauí (46,8%) e Ceará (43,7%).

Em relação à pobreza absoluta, em 1995 o Maranhão também se apresentava como o estado com mais pessoas incluídas nessa faixa: 77,8% da população. Piauí (75,7%) e Ceará (70,3%) vinham a seguir.

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