quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Maranhão é grato por ter NEIVA MOREIRA como cidadão.

Roseana Sarney veta Neiva Moreira

A governadora biônica Roseana Sarney (PMDB) vetou o projeto de lei que pretendia homenagiar o ex-deputado Neiva Moreira, colocando o seu nome numa escola de Ensino Médio na capital. O autor do projeto deputado Pavão Filho (PDT) reagiu pedindo que a Assembleia derrube o veto.

O deputado Pavão Filho (PDT) disse nesta segunda-feira (28) que considerou
um equívoco o veto da governadora Roseana Sarney(PMDB) ao seu projeto de
lei que pretendia homenagear o ex-deputado Neiva Moreira colocando seu
nome em uma escola de Ensino Médio na capital. O deputado pedetista
atribuiu o veto de seu projeto ao procurador-geral do Estado. Ele pediu
ainda que Casa faça uma revisão nesse equívoco.

O artigo 37 do parágrafo 1º da Constituição Federal determina que: “A publicidade dos atos, dos programas, das obras, dos serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos”.

Neiva Moreira não é autoridade e nem é atualmente servidor público e que, portanto, do ponto
de vista institucional, ele não é nenhuma autoridade do Maranhão, mas que
do ponto de vista moral ele é uma autoridade, pelo seu caráter e pela sua
história de vida, pelo se passado e pela contribuição que deu ao Maranhão.

Enquanto a governadora biônica veta o projeto de lei que daria a uma escola o nome de Neiva, o Maranhão está cheio de espaços público com seu nome e seus familiares. Isso tudo com a conivência do poder judiciário.
Enviado por Eri Santos Castro.
Postado por Eri Santos Castro às 12:52

O Maranhão Precisa REAGIR.

- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;

- Para morar, escolha uma das vilas:
Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas:
Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;

- Para pesquisar, apanhe um táxi no
Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou,
se preferir ouvir rádio, sintonize as
Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney.
Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney
(
recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor );
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao
Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney.


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A palavra do Nosso Governador

Palavra de Jackson

Encontro do PDT

Passei o dia de ontem reunido com os companheiros do PDT maranhense, no auditório da Assembleia Legislativa. Foi o 1º Encontro Estadual do PDT 2009, oportunidade de avaliar as grandes políticas públicas dos dois anos e três meses de nosso governo e, ao mesmo tempo, de discutir o futuro, muito especialmente o grande embate eleitoral que ocorrerá no ano que vem, com eleições para presidente da República, governador do Estado, duas vagas para o Senado, deputado federal e deputado estadual.

Foram momentos emocionantes, com a presença de centenas de companheiros de todas as regiões do Estado e de São Luís, que trouxeram palavras de alento e de esperança, ao denunciarem o inconformismo existente nas mais remotas áreas do Maranhão, bem como nas médias e grandes cidades, que pouco a pouco começam a responder ao governo nascido do golpe judiciário, com protestos, mobilizações, greves e movimentação política.

Prefeitos, deputados, vereadores, vice-prefeitos de nosso PDT se uniram à militância dos diversos movimentos partidários para acompanhar palestras sobre democratização do Estado, educação, saúde e saneamento, infraestrutura, segurança e grandes projetos. Esses momentos de exposição formal foram muito ricos e trouxeram a todos nós informações que eram desconhecidas pela grande maioria dos presentes.

Ao mesmo tempo, o debate informal, de grandes grupos que se formavam aleatoriamente (e que depois se dissolviam para partir para novos grupos e novos debates), se espraiavam por outras dependências do encontro, com trocas de informações importantíssimas para a continuidade das militâncias políticas nos municípios.

Durante todo o decorrer do encontro, tivemos, também, a visita de parlamentares e dirigentes de outros partidos co-irmãos, numa demonstração que a unidade do campo oposicionista é um desejo não apenas da maioria da população, mas também de extensos setores das cúpulas partidárias.

Mas, foi na parte da tarde que as discussões se inflamaram, pois saímos do campo administrativo para enveredarmos no debate sobre táticas eleitorais para 2010. Mas, apesar do calor dos debates, foi possível se ver o amadurecimento do partido, que compreende perfeitamente a nova conjuntura, na qual as forças da oligarquia decadente já não conseguem manter sua dominação pelo voto e têm de apelar para outros instrumentos para sua manutenção.

O PDT que ontem se reuniu é um partido sofrido, mas de convicções firmes. Partido que se mantém inalterável no campo popular e democrático, mas que consegue atrair, para seus quadros e suas idéias, setores antes associados à oligarquia, hoje conscientes de que um Maranhão progressista e desenvolvido só acontecerá com a retomada do projeto consubstanciado por nossa administração. Partido que continua com responsabilidades administrativas em dezenas de municípios do Estado, mas que sabe que o pleno municipalismo não se coaduna com práticas oligárquicas e centralizadoras, e sim, com políticas descentralizadoras e municipalistas.

Saio do 1º Encontro Estadual do PDT 2009 revigorado pela demonstração de força, coesão, responsabilidade e vigor de nosso partido, com a certeza de que ele será instrumento fundamental para rompermos com o atraso e retomarmos o fio da História de um Maranhão progressista, livre e feliz.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A palavra do Nosso Governador

Palavra de Jackson

Municípios em crise

Meu primeiro mandato como prefeito de São Luís foi à época da inflação alta, antes do Plano Real. Naquele período, a Prefeitura podia pagar o funcionalismo somente com os juros das aplicações, pois os salários não conseguiam acompanhar a variação inflacionária, que subia em espiral.

Com a estabilidade monetária (permitida pelo Plano Real) e com a adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal, todo gestor tem de usar cautela na hora de negociar aumentos salariais dos servidores e no momento de executar investimentos, pois um passo em falso pode por em risco uma administração toda. Foi essa nova realidade com que convivi nos meus segundo e terceiro mandatos à frente da Prefeitura da capital.

Com base nessa experiência agi no governo do Estado assinando convênios com prefeituras, transferindo aos Municípios recursos que sei terem mais eficácia e renderem mais quando administrados de perto pelos prefeitos, além de terem próxima de si a vigilância da população, que exerce o controle social com mais facilidade.

No ano passado, a partir dos Estados Unidos, iniciou-se uma crise imobiliária, que logo se transformou em crise financeira, até alcançar o nível de crise na produção industrial e no comércio exterior. Os efeitos dela se espalharam pelo mundo afora.

Aqui no Maranhão, as imagens que lembram o início desse período foram as do desaparecimento gradativo das filas de navios que antes podiam ser vistos da avenida Litorânea e que, por meses, foram minguando até quase desaparecer. A suspensão das atividades das indústrias produtoras de ferro gusa, cuja maior concentração no Estado é em Açailândia, é outra imagem dos primórdios da crise. A população trabalhadora daquele município viveu o drama do desemprego, provocado pelo fechamento das fábricas e de atividades auxiliares a elas.

Mas, foi nos municípios menores e mais pobres que a crise cravou mais forte as suas garras. Esses entes federativos dependem quase exclusivamente das transferências obrigatórias da União para sobreviver, pois boa parte deles não possui receitas próprias, além de muitas vezes serem o principal empregador em seus territórios.

Por conhecer todas essas facetas da questão é que sei da extensão da maldade que o atual governo fez com os municípios do Maranhão, ao sequestrar os recursos que conveniei com as prefeituras, justo no período em que a crise se agravava aqui e no exterior. As conseqüências mais danosas estão agora aparecendo, quando as prefeituras estão sem qualquer alternativa financeira, visto que as transferências federais como o Fundo de Participação dos Municípios e o Fundeb estão diminuindo mês a mês.

Nos últimos dias, têm me chegado informações de cortes de gratificações de servidores municipais, de exoneração de cargos comissionados e até mesmo de demissões de funcionários, tal a situação a que foram reduzidas as finanças de prefeituras de todas as regiões do Estado. Outras medidas duras começam a ser consideradas pelos prefeitos, que não têm recursos para pagar os duodécimos das Câmaras Municipais. Chega-se até a falar em fechar as portas das prefeituras, como atos de desespero e desalento.

A atual administração estadual, que vem se comportando como madrasta dos municípios, precisa saber que, ao penalizar as gestões municipais, maltrata, antes de tudo, os servidores das prefeituras, suas famílias, o comércio das cidades, os fornecedores e empreiteiros. Em suma, a população das cidades interioranas, principalmente a daquelas menores e mais pobres.

Neste momento, solidariedade é o novo nome do municipalismo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Mais uma de Zeros grau.

Incoerência em alto grau
Luiz Pedro*
 
Passei parte de meu dia de ontem conversando com advogados e juristas maranhenses sobre a liminar deferida pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual ficam suspensos todos os processos em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra governadores de Estado.
Para me fazer entender no caso, vou seguir uma sequência cronológica. O ponto inicial da questão é o julgamento de uma questão de ordem no recurso contra expedição de diploma (RCED) n.º 694, procedente de Macapá (AP), apreciada na sessão do TSE de 22 de maio de 2007. Nessa data, pela escassa maioria de quatro a três, o TSE concedeu a si mesmo a competência de processar e julgar em instância originária recursos contra a expedição de diploma derivados de eleições estaduais e federais (aí incluem-se governador e vice-governador).
A decisão da Corte Eleitoral só foi tomada após intenso debate e de sucessivos pedidos de vista, frisando-se, ainda, que dois dos ministros do Supremo, com assento, então, no TSE foram votos vencidos (ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso). Aliás, à época a questão só não chegou à apreciação do STF porque o RCED n.º 694 foi extinto sem resolução de mérito. Mas, a partir de então, o TSE se julgou competente para processar e julgar em instância originária os RCEDs contra governador e vice-governador.
No caso específico do Maranhão – julgamento do RCED contra o governador Jackson Lago e seu vice Luiz Carlos Porto –,  de n.º 671, a questão foi levantada desde a primeira manifestação da defesa em 15 de março de 2007, ou seja, antes mesmo de o TSE firmar sua convicção de competência. 
O tema voltou a ser arguído, ainda, quando da  apresentação dos embargos declaratórios, em 31 de março deste ano. Na apreciação desses embargos,  em 16 de abril passado (data da deposição do governador Jackson) o ministro-relator, o mesmo Eros Grau de agora, sustentou naquela oportunidade que a tese da incompetência do TSE era “manifestamente incabível”, que o TSE seria “competente para julgar o presente RCED” e que “a jurisprudência desta Corte está alinhada nesse sentido”.
Com o sentimento do dever cumprido, o ministro Eros Grau afastou-se do TSE logo após o julgamento da RCED que determinou a cassação do governador Jackson Lago e se manteve apenas no Supremo Tribunal Federal.
No entanto, mesmo antes da decisão em relação ao RCED n.º 671, a defesa de Jackson Lago propôs junto ao Supremo uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) em que contestava, uma vez mais, a competência originária do TSE para processar aquele tipo de ação. No STF, a distribuição da ADPF recaiu, uma vez mais, sobre o ministro Eros Grau.
A decisão liminar deferida, anteontem, pelo ministro Eros Grau, portanto, só poderia ser recebida por advogados e juristas como algo “estranho”, “insólito”, “estranhíssimo”, como me disseram ontem as fontes que consultei.
Nos cinco meses que separam a deposição de Jackson da decisão do ministro, apenas três governadores de Estado restaram respondendo originariamente no TSE a RCEDs: Marcelo Deda (PT), de Sergipe; Ivo Cassol (PP), de Rondônia: e... Roseana Sarney (PMDB), do Maranhão. 
Na decisão de anteontem, Eros Grau invoca “relevância da questão” e o “perigo de lesão grave” a direitos para conceder a liminar. Muito longe do “manifestamente incabível” de cinco meses atrás. Mas, o ministro faz questão de explicar em sua decisão: ela gera efeitos “a partir desta data sem qualquer reflexo em relação a procedimentos anteriores que tiveram curso no Tribunal Superior Eleitoral”.
Ou seja: em cinco meses o TSE deixou de ter competência absoluta sobre a matéria e passou a ser absolutamente incompetente. O que vale para quem vai ser julgado, não vale para quem já foi julgado. Isso vigora inclusive para o governador deposto do Tocantins, Marcelo Miranda, afastado do governo há uma semana. Como se vê é questão de gênero, numero e... grau.
O ex-ministro e ex-presidente do TSE Carlos Velloso aponta o caminho a seguir: “o ajuizamento e o afloramento de ações rescisórias por parte daqueles que originariamente perderam o mandato”.
Outro caminho foi sugerido por minhas fontes de ontem e estou perfeitamente de acordo com elas: pedir o impeachment do ministro Eros Grau, hipótese prevista no artigo 41 da Constituição Federal. O processo de impeachment inicia no Senado Federal, órgão incumbido de seu julgamento. Talvez assim, José Sarney possa retribuir os favores que já recebeu do denunciado. Como qualquer cidadão pode propor a denúncia, sugiro que façamos um enorme mutirão de cidadãos maranhenses e ingressemos com o pedido de impeachment do ministro Eros Grau.
 
(*) Luiz Pedro é jornalista, ex-deputado estadual e foi secretário-chefe de gabinete do governador Jackson Lago

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Julião Amim Denuncia mutreta de Eros Grau.

DISCURSO PRONUNCIADO PELO DEPUTADO JULIÃO AMIN (PDT-MA) NA CÂMARA FEDERAL EM 16/09/2009

Senhor presidente, senhores e senhoras parlamentares

Daqui mesmo desta tribuna venho denunciando há meses o processo que foi armado para cassar a soberana decisão do povo maranhense.

O que mais chamou a atenção naquele processo foi a velocidade com que ele correu. Aquilo que a lei não nega nem mesmo a um batedor de carteira, ou seja, o direito sagrado ao duplo grau de jurisdição, negou-se a um homem digno como o Dr. Jackson Lago.

O Governador do Maranhão, eleito após uma luta tenaz e desigual de quarenta anos, enfrentando todas as forças do atraso político, foi afastado do cargo pela simples presença em um ato público, muito antes de ser candidato.

Bem disse o jornalista José Arbex, na revista Caros Amigos, que o que aconteceu foi um “puro e simples golpe. Golpe vagabundo, de republiqueta de banana. Golpe de jagunço, de gente baixa e mesquinha, de pigmeu moral.”

Mas o que não sabíamos é que o segundo ato dessa opereta iria acontecer meses depois, exatamente nesta segunda-feira, quando o ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, deferiu medida liminar na ADPF nº 167, que tramitava desde o dia 2 de março de 2009, admitindo que compete aos TREs o julgamento dos governadores de estado. Com isso o ministro sustou os processos de cassação contra os governadores Marcelo Deda e Roseana Sarney.

O incrível, senhores parlamentares, é que o mesmo ministro Eros Grau havia indeferido o pedido de liminar do governador Jackson Lago, cinco meses atrás, que trazia os mesmos argumentos que o ministro agora defende. Mas na ocasião o Ministro Eros Grau sustentou que esta e outras teses eram “manifestamente incabíveis”, decidindo que “o Tribunal Superior Eleitoral é competente para julgar o presente recurso e que “a jurisprudência pacífica desta Corte está alinhada nesse sentido”.

Vejam bem. Passados cinco meses a mesma tese que serviu para sustentar a condenação do governador do Maranhão, agora é interpretada de maneira oposta, para sustentar a absolvição da governadora espúria, que o povo não escolheu.

E disse mais o ministro na sua peroração: afirmou ser “manifestamente incabível” que os que forem cassados possam ficar “sem qualquer possibilidade de reparação pelo tempo que deixarem de exercer mandatos outorgados pela soberania do voto popular”.

Como aceitar que o TSE tinha competência para cassar o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT-MA), e esse mesmo TSE agora não pode cassar Roseana Sarney (PMDB-MA) em processo regente nas mesmas eleições?

Será que tem um ministro Eros Grau no TSE e outro ministro Eros Grau no STF? Ou serão esses os dois graus de jurisdição? O Grau do TSE e o Grau do STF?

O povo do Maranhão merece respeito e merece, acima de tudo, saber se o seu voto tem valor. Será possível que todas as instituições se curvem à vontade despótica de uma família oligárquica?

Agora mesmo, pasmem, o jornal O Estado de São Paulo continua sob censura, impedido de divulgar informações sobre uma investigação da Polícia Federal que atingiu o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney.

A decisão foi tomada por um desembargador amigo de Sarney, que não teve a decência de se considerar impedido para julgar. A medida atinge o coração do princípio democrático, criando obstáculos a um órgão de imprensa que obteve as informações de fonte confiável.

Ora, ao invés de punir quem vazou a informação, pune-se quem teve o mérito jornalístico de divulgá-la, contrariando a Constituição de 1988 que garante amplo direito à liberdade de imprensa.

Bem alertou o presidente da Associação dos Magistrado Brasileiros, ministro Mozart Valadares, de que “numa democracia consolidada não podemos admitir censura ou limitação à liberdade de expressão”. Também o promotor de Justiça José Carlos Cosenzo, presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, bradou que “este caso é absurdo. Em plena vigência do Estado democrático, vetar o direito da sociedade de saber o que está acontecendo é inadmissível.”

Esses são os fatos que inquietam o povo do Maranhão. Há um ano o governador Jackson Lago já alertava a nação para o fato do Maranhão estar se tornando uma galápagos política. Uma ilha onde não valem as regras da democracia. Não vale o princípio da alternância de poder, não vale o debate da opinião pública, não vale a sagrada isenção do judiciário.

Estamos vendo agora o Maranhão dar lições para todo o Brasil. Censuram um dos maiores jornais do país. Antecipam decisões judiciais das mais altas cortes. Processam jornalistas, desmoralizam a palavra ética, numa comissão de faz-de-conta.

Esse filme, que passa todos os dias no Maranhão, nunca pensei assisti-lo no cenário nacional.

domingo, 13 de setembro de 2009

Homens de verdade se conhece é no enfrentamento do dia a dia. PARABÉNS ADERSON LAGO.

Vivendo e lutando contra Sarney

Diminuir corpo de texto Aumentar corpo de texto
ADERSON LAGO*


Como pode um poeta sem rima, um escritor medíocre, um cronista sem brilho, se tornar um imortal? Simples: ao morrer, José Sarney teria que ir para o Céu ou para o Inferno. No Céu, por tudo que é e pelo que representa, tem sua entrada proibida. No Inferno, o Diabo não aceita concorrência desleal. A solução foi colocá-lo na Academia Brasileira de Letras. Como imortal, Deus e o Diabo estarão livres dele. Pior para nós, pobres mortais, que aqui ficamos à mercê de suas mazelas, seus crimes, suas mentiras, e suas armações, ilimitadas e inescrupulosas.

Ao longo do tempo acompanhei e enfrentei, dentro do possível, todo o repertório de ilicitudes, falcatruas, crimes contra a honra, fraudes eleitorais, peculatos e infrações penais cometidos por Sarney e sua trupe. Fui a pedra no sapato, a espinha na garganta da oligarquia e por isso tenho sido nos últimos tempos o alvo predileto, a vítima constante, dos ataques e agressões perpetrados pela gangue Sarney. A eles não importa o quão estapafúrdia, mentirosa e inverossímil seja a pseudodenúncia, pois não há nenhum compromisso com a verdade. O importante é enlamear, com a mesma lama em que chafurdam, a honra e a dignidade daqueles que lhes fazem oposição. Imputar aos adversários os mesmos crimes dos quais são acusados com fartas e irrefutáveis provas. Fazer parecer aos mais desavisados que, assim como eles, todos que lhes fazem oposição também são corruptos e bandidos. Para a consecução desses objetivos utilizam-se do Sistema Mirante de Comunicação. O uso político desse poderoso ferramental de mídia, confessado pelo próprio Sarney em entrevista à revista CartaCapital, agora foi reforçado com a criação de uma Gestapo tupiniquim, a Polícia Política de sua filha Roseana. Tudo como na ditadura, da qual José Sarney foi filhote e expoente.

Primeiramente, foi a hilária acusação de desvio de colchões, montada pelo serviçal-mor, delegado Raimundo Cutrim. Em seguida, o fantasioso recebimento de 5 milhões de reais para ser candidato a governador em 2006. Aliás, nessa, o farsante José Sarney foi flagrado pela escuta telefônica da Polícia Federal (Operação Boi Barrica) cobrando do filho Fernando (indiciado por formação de quadrilha, crime contra o sistema financeiro e outros) a divulgação na TV Mirante da patranha por ele engendrada. Agora, o inescrupuloso e “incomum” José Sarney superou todas as expectativas. A última “montagem” contra mim mistura passagens aéreas, contas telefônicas, serviços não executados, desaparecimento de talheres, cafeteiras de aço, computadores e, pasmem, uma “escultura de São José com o Menino Jesus com detalhes em ouro, do século XVIII”. Aqui, definitivamente, o desmoralizado e desmemoriado presidente do Senado cometeu um ato falho e imprimiu as suas digitais. Notório colecionador de imagens sacras “desaparecidas”, para não dizer furtadas, de igrejas no interior do estado, Sarney incorporou ao seu patrimônio o Convento das Mercês, talvez porque acredite ser o local apropriado para abrigar os “santos” da sua devoção. Esse é o Sarney que tenta fazer de mim o marginal contumaz que é. Marginal sim, pois é marginal quem, como ele, costumeiramente age à margem da lei.

Se alguém deve explicações à Justiça certamente não sou eu. Tenho a consciência tranqüila de que não pratiquei nenhum ato indigno. Sarney sim tem muito o que explicar. Tem que deixar bem claro:

· como os umbrais do cemitério de Alcântara vieram adornar a entrada de sua mansão no Calhau

· como e onde conseguiu montar sua grande coleção de imagens sacras dos séculos XVII e XVIII

· como adquiriu o antigo “Jornal do Dia” (hoje “O Estado do Maranhão”) quando exercia o cargo de governador do Estado

· como conseguiu construir sua mansão do Calhau, sem despertar suspeitas, com a mesma empreiteira que construía na ocasião o Hospital do Ipem

· como comprou a Fazenda Maguari e “grilou” uma área contígua que triplicou a propriedade

· como sacou 2 milhões de reais do Banco Santos, de seu amigo Edemar Cid Ferreira, usando informação privilegiada na véspera de sua intervenção

· como fazia os famosos sorteios dirigidos de “relatores” quando foi diretor de Secretaria do Tribunal de Justiça

· como montou o seu império de comunicação (rádios e televisões), se o custo dos equipamentos é proibitivo para quem sempre viveu de salários como ele

· qual o critério usado para fazer jus às concessões dessas rádios e televisões se os beneficiários eram ele (então presidente da República ) e sua família

· por fim, e apenas para não nos alongarmos, como se tornou a maior fortuna do Maranhão sem herdar, sem ter sido empresário, sem acertar na Mega Sena acumulada, ou mesmo no jogo do bicho.

Agora, não vale mais dizer: “eu não sabia”, “não me sinto culpado” e “é uma campanha midiática contra mim”.

Tudo o que foi dito e que ainda possa se dizer sobre José Sarney ainda será insuficiente para traçar o perfil desse homem rancoroso, odiento, calculista, frio, obcecado pelo poder e que tenta sempre se apresentar como estadista, tolerante, afável e incapaz de ter ódio no coração. Que o diga o senador Epitácio Cafeteira, que em 1994 foi denunciado por Sarney como seqüestrador, assassino e ocultador do cadáver de Reis Pacheco. Vitorino Freire, de quem foi cria, dizia dele: “O Sarney furta até cinzeiro de avião”.

Sei do que Sarney e sua gente são capazes para exercerem sua vingança. Não haverá o menor escrúpulo na utilização de quaisquer métodos, por mais espúrios que sejam, para atingirem os seus objetivos. A meta é tornar-me inelegível. É inviabilizar a minha volta à tribuna da Assembléia. É calar a voz que muito os incomodou ao longo dos quatro mandatos que exerci. É assassinar-me politicamente. A luta, tenho consciência, será desigual, mas vou enfrentá-la com a mesma dignidade, com o mesmo desprendimento, com a mesma coragem com que exerci os sucessivos mandatos que o povo me conferiu. Que Deus me proteja, os amigos me ajudem e o povo me apóie.

(*) Ex-deputado estadual pelo PSDB


sábado, 12 de setembro de 2009

Fique ligado em seu estado




ATENÇÃO !!!

MINEIROS,
SERGIPANOS,
AMAPAENSES,
AMAZONENESES,
CEARENSES,
BRASILIENSES,
PAULISTAS,
MATOGROSSENSES DO SUL e
CATARINENSES


Vejam bem o que voces fizeram!
Não façam de novo !!



---

Conselho de Ética arquiva todas as 11 ações contra Sarney.

DEVEMOS conhecer os responsáveis por coroar a mediocridade nacional.

São eles:

1) Wellington Salgado (PMDB-MG)

2) Almeida Lima (PMDB-SE)

3) Gilvam Borges (PMDB-AP)

4) João Pedro (PT-AM)

5) Inácio Arruda (PC do B-CE)

6) Gim Argelllo (PTB-DF)

7) Romeu Tuma (PTB-SP)

8) Delcídio Amaral (PT-MS)


e como não poderia faltar, a nobre, séria e calorosa senadora
9) Ideli Salvatti (PT-SC)


CASO DESEJE REPASSE, CASO NÃO DESEJE NÃO REPASSE, MAS PELO AMOR DE DEUS NÃO VOTE NELES!!!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Artigo de Haroldo Sabóia, uma avaliação com pé no chão.

CAMINHOS DAS OPOSIÇÕES EM 2010

Haroldo Saboia

Os debates em torno das diferentes táticas das oposições estão cada vez mais acirrados com a proximidade do quatro de outubro, prazo final de filiação partidária para as eleições de 2010.
Duas questões estão no centro de todas as elaborações teóricas e dividem diferentes campos oposicionistas. Lançar vários nomes ou apresentar uma única candidatura ao governo do Estado? Em outras palavras, buscar derrotar a Oligarquia logo no primeiro turno ou, com vários candidatos, levar as eleições pra o segundo turno? E o Senado, para o qual duas vagas serão preenchidas em um único turno eleitoral, o que e como fazer?
Como vemos são opções difíceis, que exigem das lideranças oposicionistas maturidade e coragem políticas. Antes de tudo, trata-se de, sem delongas, buscar o natural.
Após o golpe pela via judicial que afastou o governador eleito e deu posse à candidata derrotada, qual é o caminho a ser seguido? Entre os mais variados nomes colocados, quais aqueles que despontam naturalmente?
A resposta é simples. Para o governo do Estado é o daquele que, eleito pela vontade popular, teve seu mandato cassado: Jackson Lago.
E para o Senado, embora sejam duas vagas, é inegável, penso, que as oposições dispõem de um único nome natural, o de José Reinaldo Tavares. Enquanto governador, José Reinaldo rompeu com a Oligarquia Sarney, aceitou permanecer no cargo até o último dia de mandato, gesto decisivo pra a vitória da Frente de Libertação do Maranhão. Ninguém duvida que, fosse outro o seu comportamento, se tivesse aceitado os múltiplos acenos dos oligarcas, estaria hoje confortavelmente no Senado da República.
Jackson, candidato ao Governo, e José Reinaldo, ao Senado, juntos, poderiam com tranquilidade compor o restante da chapa considerando a pluralidade ideológica da sociedade, os movimentos sociais, os diversos partidos políticos e o peso das diferentes regiões do Estado.
Nada mais simples! Nada mais simples se não fosse o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade...
“No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra.”
E que pedra é essa, que obstáculo é esse que ameaça paralisar a marcha das oposições maranhenses, com sérios reflexos no avançar das lutas populares por melhores condições de vida, igualdade de oportunidades, justiça social, por dignidade, enfim?
O problema é que José Reinaldo e Jackson Lago (como que alheios aos rumores dos setores sociais mais antenados às questões políticas) ainda não chegaram a um acordo em torno da tática a adotar: candidatura única ao governo, ou dois ou três nomes, no primeiro turno.
Para efeito de análise, imaginemos os cenários com uma e outra tática.
No primeiro, o partido de Jackson (lançado ao Governo) deverá estar coligado com o partido de José Reinaldo (apresentado para Senador) e, ainda, com as legendas do candidato a vice e do candidato a segunda vaga ao Senado. Teríamos, nesta hipótese, uma grande frente política liderada por Jackson e José Reinaldo, nomes naturais ao Governo e à primeira vaga ao Senado.
O segundo cenário contempla a hipótese em que teríamos dois ou três candidatos ao governo. O primeiro deles evidentemente seria o de Jackson Lago, governador eleito em 2006 e que teve seu mandato usurpado pela força e pela truculência de uma trapaça montada pela Oligarquia Sarney. O segundo e o terceiro nomes (em caso de três candidatos) seriam lançados por outros partidos da frente de oposições.
Até aí tudo bem. A pedra vai surgir no caminho no momento em que José Reinaldo, (mais forte e único nome natural ao Senado,) tiver que optar pela primeira, pela segunda ou pela terceira candidatura a governador.
À medida que José Reinaldo (nome natural ao Senado) optar por uma coligação que não seja com o candidato natural ao governo ele estará, inevitavelmente, enfraquecendo Jackson.
Jackson, por seu turno, estará desobrigado em relação à candidatura de José Reinaldo. Este cenário, salta aos olhos, é desastroso para as oposições maranhenses. É um cenário suicida.
Não creio que José Reinaldo e Jackson não percebam que estão condenados à unidade, à união, pois do contrário serão eles que estarão condenando as oposições a novas derrotas e o Maranhão a outros tantos anos de atraso e desolação. E é tudo que deseja a Oligarquia Sarney: a divisão das oposições e o enfraquecimento dos movimentos sociais em nosso Estado.
Afastadas de seu caminho as pedras das divisões, das intrigas, das ambições e das espertezas, as oposições maranhenses serão capazes de remover montanhas, enterrar os entulhos oligárquicos e descortinar o futuro!

*Haroldo Saboia, economista, advogado, Constituinte de 1988, escreve para o Jornal Pequeno todas as sextas-feiras. E-mail: haroldosaboia@hotmail.com